Quem não tem medo está estagnado, acomodado, nem aí para o que está a sua volta. Quem não tem medo é aquele que não vai para balada sem os amigos de sempre – e nem para outras baladas que não as de sempre -, que não vai à entrevista de estágio que pode mudar sua carreira, não conhece pessoas que podem mudar sua vida, que não corre atrás da viagem dos sonhos, da menina dos sonhos ou que já deixou de ter sonhos.
Isso porque estar aqui, na fase em que a gente está, convivendo com dúvidas sobre a vida, carreira, faculdade, família e tudo mais é difícil, mas a gente tem certeza que não ter medo de nada disso é ainda pior. Não ter medo é achar é besteira trabalhar na ESPM Social, pesado trabalhar na Jr, muito cedo para arrumar um estágio e muito tarde para passar tardes no bar. A decisão mais sensata seria, então, passar as tardes dormindo, não?
Medo de largar o curso, de não ter talento para ir pra criação, de não ter paciência para ir para marcas, de não saber o que é comunicação integrada, medo de ter que escolher, medo de ter que excluir, de arrumar um estágio, de não gostar do estágio, medo de viajar, medo de NÃO viajar, medo de fazer amigos, medo de perder amigos. Medo. Medo de não ser bom para arrumar um emprego, não ser bom para manter-se num emprego e do emprego não ser bom o suficiente para manter as coisas que você gosta de fazer. Medo, que como na canção, dá medo do medo que dá.
Viver sem medo seria, então, a segurança de colecionar “nãos”: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa a qual não fomos. A vida é mais excitante quando se é ator e não expectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, pelo simples fato que a vida é efêmera e ninguém pode te garantir absolutamente NADA. Em resumo: Viver é perigoso de mais para quem não quer correr riscos.
Tem um título de anúncio que diz: “Sua vida pode ser um livro aberto, mas se ele não for interessante, ninguém vai querer ler”. Então, esqueça. Comece a escrever seu livro do zero, baseado em um pouquinho de informação, um quilo de experiências e toneladas de coragem. E nunca pare de escrevê-lo. Uma grande escritora já disse um dia que “o melhor de mim é o que eu ainda não sei”. Acima de tudo, é preciso fazer diferente para fazer diferença.
Mesmo porque, se você para de mudar, o mundo à sua volta não para: lixo vale dinheiro; oxigênio vale ainda mais; bambu vira gasolina; o cara mais rico do mundo é mexicano, as olimpíadas serão brasileiras; a marca mais valiosa do mundo não tem nem 10 anos; minha mãe não almoça mais em casa; meu pai não mora mais em casa; todo país tem um terremoto para chamar de seu; o metrô Paulista fica na Consolação e o metrô Consolação fica na Paulista. Como diz a música do R.E.M. “Its the end of the world as we know it. And I Feel fine.” Enfim, vamos esperar o inesperado.
E diante de tantas incertezas, é preciso ter uma certeza: conviver com medo de dar errado para um dia poder dar certo.
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*inspirado e "copiado" dos anúncios abaixo e do livro Tudo que você pensa, pense ao contrário.
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